domingo, 3 de maio de 2015

Jeito de Coisa Encantada

Quando olhei dentro deles... Em teus olhos... Me desencontrei de mim mesmo
Perdi-me no verde deles
Um verde como o verde das matas fechadas
Onde encontramos mato antigo e seres do mistério
Onde o capaz caçador perde sua trilha e não retorna para casa.
É desse jeito moça... Esses olhos teus...
Mas como encontrar o barbante dentro do labirinto é quando tu sorris
As coisas todas parecem voltar ao seu lugar natural no mundo que há dentro de mim
Feito o teu sorriso fosse uma regra fundamental do universo criado.
É desse jeito moça... esse jeito teu. 
E você diz: amigos. 
Me fragmenta o peito em lascas de tristeza
Sereia sem dó!
Ainda assim não cessas teu canto inebriante
Não cessas de me atrair para as tuas águas do desejo.
Porque moça? 
Acaso lhe é prazeroso brincar com o coração do amante errante?
E ficamos nessa ciranda sem fim, como a terra e a lua
Valsando sem jamais tocarem seus corpos.
Que jeito tem? Que jeito afinal teria?
Se foi por esse seu jeito mulher que eu vendi minha alma a ti naquele dia...
Mas não largo a esperança não! 
Sou pescador experiente
Minha rede é firme, esperta e paciente.